Inglês instrumental: o que é e pra quem é indicado
Aprender inglês é uma das necessidades básicas de muitos brasileiros que buscam o seu lugar ao sol. Para o ensino e o mercado de trabalho, a língua inglesa vai além de um diferencial, sendo uma necessidade básica para quem quer crescer. Para essas pessoas, o inglês instrumental é a melhor opção.
O inglês instrumental é uma metodologia de aprendizado que busca o aprendizado rápido de leitura e interpretação de texto no idioma inglês. Em resumo, é um método de ensino que busca resultados rápidos e mais focados em objetivos específicos.
Também conhecido como English for Specific Purposes ou ESP, o inglês instrumental nada mais é que os estudos de Inglês para Propósitos Específicos. Em resumo, essa metodologia trabalha o vocabulário e pontos fundamentais de uma área específica de trabalho ou estudo.
Mas é bom lembrar, novamente, que essa metodologia é direcionada para quem precisa de um aprendizado rápido para aplicar nos estudos (como mestrado ou doutorado) ou no mercado de trabalho. Para pessoas com outros objetivos, a metodologia clássica é a mais indicada.
Origem do inglês instrumental
Desde sempre as pessoas aprendem outra língua de uma forma direcionada e mais objetiva, porém de maneira informal e não como uma técnica. Consequentemente, não se sabe quando o inglês instrumental surgiu, pois ele nasceu em diferentes lugares do mundo conforme as variadas necessidades.
Mas quando falamos do inglês instrumental como técnica, no Brasil, ele passou a ser ensinado por volta de 1970, nas faculdades brasileiras para o público acadêmico.
Inglês instrumental X Inglês convencional
O inglês convencional foca nas quatro habilidades linguísticas, sendo elas:
- reading (leitura);
- speaking (fala);
- listening (escuta);
- writing (escrita).
Em contraste, o inglês instrumental foca mais no reading.
Como a segunda metodologia visa, principalmente, dar acesso e entendimento a materiais técnicos de determinada área, a técnica reforça a parte da leitura na língua estrangeira.
Talvez a maior diferença entre os dois métodos é que o aprendizado do inglês convencional é feito a longo prazo, enquanto o inglês instrumental é a curto prazo, com um método específico em vista.
Dicas para estudar inglês instrumental sozinho
Para aprender através do inglês instrumental, a melhor forma é através de um curso ou um professor particular. Apesar disso, se você não tem condições no momento, e precisa aprender sozinho, existem algumas dicas que você pode seguir para conseguir aprender plenamente em pouquíssimo tempo.
1 – Vocabulário
Uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford diz que você consegue entender 50% de qualquer texto em inglês conhecendo somente as 100 palavras mais usadas no idioma.
Essa mesma pesquisa também aponta que se você aprender mais de 400 palavras, entre elas substantivos, verbos e adjetivos frequentes, você consegue decifrar 75% de qualquer escrito.
Dito isso, foque em conhecer o vocabulário inglês mais comum primeiro e depois os termos mais técnicos. Se você tiver o básico de vocabulário, você vai muito longe.
2 – Leia materiais na língua inglesa
Experimente ler diariamente livros, artigos e notícias em inglês para treinar o seu cérebro e ganhar mais vocabulário. Não necessariamente você precisa começar logo na leitura técnica. Prefira leituras mais leves e simples para se familiarizar com o idioma.
Para facilitar, marque as palavras desconhecidas, pesquise o significado e anote enquanto estiver lendo. Veja agumas sugestões de livros em inglês para iniciantes:
- Charlotte’s Web — E.B. White
- Peter Pan — J.M Barrie
- The Outsiders — S.E Hinton
- The Missing Coins — John Scott
- The Truth Machine — Norman Whitney
3 – Coloque a legenda da série em inglês
Uma forma mais descontraída de treinar o reading é colocando as legendas do que você for assistir em inglês e acompanhar assim. Você pode fazer isso com tudo:
- Séries;
- Filmes;
- Documentários;
- Noticiários;
- Vídeos do YouTube.
Esse método é interessante porque você aprende novos vocabulários ingleses associando o texto à cena, além de memorizar mais rápido.
4 – Revisão é a chave
A Curva do Esquecimento de Ebbinghaus aponta que lembramos de somente 50% do conteúdo que vimos após 24 horas e sobram apenas 3% a 5% das informações na nossa memória depois de 30 dias. Portanto, criar uma rotina de revisão é tão importante quanto estudar palavras novas.
Para isso, você também pode implementar técnicas como:
- Praticar a revisão espaçada e em períodos diferentes;
- Colocar as palavras em post-its e colar em locais da casa onde você passa muito;
- Criar associações mentais das palavras.